sexta-feira, 14 de agosto de 2009

UNE empossa Direção com dois Militantes da UJS do Pará

Parecia uma quarta-feira comum na Câmara dos Deputados, mas um clima de agitação e ansiedade era sentido nos corredores que ligam os anexos. Estudantes de diferentes regiões do país e, especialmente a juventude do Distrito Federal, se mobilizaram para assistir a posse oficial de Augusto Chagas, novo presidente da União Nacional dos Estudantes eleito no último Congresso da entidade.
Parlamentares de grande parte das legendas existentes hoje no Congresso Nacional também prestigiaram o ato de posse. Além deles, marcaram presença no Auditório Freitas Nobre dirigentes de diversos partidos políticos e de movimentos sociais, assim como nomes que representavam os ministérios da Educação, Saúde e Esportes. O evento que oficializa a chegada da diretoria da UNE para o biênio 2009-2011 foi marcado pela pluralidade.
E não é para menos. “A UNE tem um DNA de lutas. A entidade sempre chama para si a responsabilidade de batalhar pelas transformações que o país precisa”, bradou Augusto Chagas.
Ao se manifestarem, muitos dos senadores, deputados e dirigentes aproveitaram a oportunidade para revisitar fatos marcantes da trajetória da UNE ao longo de seus 72 anos de fundação. Declarações que lembraram a história de lutas, de conquistas e evidenciaram sua importância e influência na sociedade. Veículos da imprensa também registraram o evento, tais como: Agência Câmara, Senado, Rede Amazônica, Portal G1 e Folha de S. Paulo.



Confira matéria completa ainda hoje, 13 de agosto, no EstudanteNet e saiba o que os parlamentares pensam da UNE. Veja abaixo os nomes que compõem a nova diretoria da UNE:



Presidente: Augusto Chagas


Vice-Presidente: Tiago Ventura


Secretaria Geral: Antonio da Silva


Diretor de Comunicação: Marcela Rodrigues


Diretor de Relações Internacionais: Daniel Iliescu


Primeiro Diretor de Relações Internacionais: Lucelio de Moura


Diretor de Relações Institucionais: Andre Vitral


Diretores de Políticas Educacionais: Wallison Brandão Primeiro e Lais Gouveia


Diretor de Movimentos Sociais: Vitor Lucena


Diretor de Escolas Particulares: Joanna Parolli


Diretor de Cultura: Fellipe Redó


Diretor Jurídico: Luis Felipe Maciel


Diretor de Desporto Universitário: Emival Dalat

Continuaremos Lutando por uma Terra de Direitos!!

Companheiros e Camaradas,

Muito se tem falado sobre o rumo que a Secretaria de Justiça e Direitos Humanos no Pará teria a levar, de fato o que temos é a mudança de comando dessa estratégica Secretaria.
No último dia 11/08 a Governadora Ana Júlia, ao telefone agradeceu ao presidente do PCdoB, Neuton Miranda, o trabalho do Partido à frente da SEJUDH. Com a justificativa de ampliar a base de apoio do governo, o Partido Comunista do Brasil acabou por perder o espaço que possuía.
Não vamos entrar no debate sobre quem a assumirá, mas não podemos deixar de registrar o trabalho feito pelos comunistas a frente da SEJUDH. Em 3 anos de gestão, o PCdoB abriu as portas desta para o povo, e o fez representar. Transformou a Secretaria em um instrumento de luta pela sociedade igualitária, trabalho merecedor de elogios, talvez por isso a SEJUDH esteja hoje sendo alvo de disputas e negociações dentre a dita base de apoio ao governo estadual.
O fato é que o povo paraense perde com a saída do partido que tanto acúmulo tem para debater e defender os direitos humanos e a justiça no nosso estado. Ora, estamos acostumados a essa luta, sempre tivemos em nossas fileiras e perdemos diversos militantes que tombaram na luta por um Pará sem injustiças, sem preconceitos, sem crimes pela posse da terra, por um Pará verdadeiramente de direitos, por um Pará de todos e de todas, com respeito aos Direitos Humanos e à Cidadania. O PCdoB de Paulo Fonteles, de João Amazonas, de Expedito Ribeiro de Souza, de João Canuto, de Leila Marcia, de Neuton Miranda, deixa a Secretaria de Justiça e Direitos Humanos com a certeza de ter travado o belo combate, de ter conseguido mostrar sua política e seu trabalho ao povo paraense.

Pedro Fonteles
Diretor da UAP e militante do PCdoB.

O Movimentos Sociais apoiam a continuidade da atual Gestão da SEJUDH

CARTA SOBRE A POLÍTICA DE DIREITOS HUMANOS DA SEJUDH - ESTADO DO PARÁ.
A decisão do Governo Estadual de incluir a política de promoção dos direitos humanos entre as prioridades para a atual gestão, foi muito bem vinda para a maioria de organizações de direitos humanos, entidades da sociedade civil e boa parte dos movimentos sociais. Embora estejamos muito distantes do horizonte desejado, existem diversos avanços a serem registrados.
De fato, foi criada uma Secretaria de Direitos Humanos (SEJUDH), que iniciou a partir de uma discussão prévia com vários setores da sociedade, um diagnóstico da realidade do Estado do Pará, feito este consolidado com a realização da 1º Conferência Estadual de Direitos Humanos. Ato contínuo, foi criado e instalado o Conselho Estadual de Direitos Humanos que era uma aspiração histórica de nossas organizações.
Também foi discutido e construída a política estadual de direitos humanos cujas ações estão sendo implementadas em menor ou maior grau, dependendo do poder de mobilização de recursos financeiros e humanos dos vários Órgãos do Estado.
È fato hoje, a possibilidade de discussão das principais questões que envolvem as violações de direitos, e a tentativa de construção de mecanismos que as impeçam. Destacamos entre outras as seguintes:
- O Plano Estadual de Direitos Humanos.
- A Política de Promoção dos Direitos dos Povos Indígenas
- A Política de Promoção da Igualdade Racial
- A Política de Promoção dos Direitos da Mulher
- A Política de Promoção dos Direitos da Juventude
- A Política dos Direitos das Crianças e Adolescentes
- A Política de Direitos dos Idosos
- A Política de Defesa da Pessoa com Deficiência
- A Política Estadual de Defesa da Livre Orientação Sexual
- Direitos Humanos para as Pessoas com Sofrimento Psíquico e Vítimas do Uso Abusivo de Álcool e Outras Drogas

Reconhecemos a importância da implementação dos Centros “Maria do Pará”, que em parceria com o Governo Federal estabelece uma rede integrada (estadual) de atendimento das mulheres através de uma equipe multidisciplinar; O Programa de Ações Integradas e Referenciais (PAIR), que desenvolve um mapeamento (diagnóstico) da exploração sexual no Pará; O combate a sub-notificação de nascimentos e mortes, denominada “subregistro civil”, a Comissão Estadual de Erradicação do Trabalho Escravo (COETRAE), A elaboração do projeto para implementação do Grupo Móvel Estadual de Prevenção e Combate ao Trabalho Escravo, as propostas de combate ao tráfico de mulheres, os Centros de Atendimento às Vítimas de Violência, o PROVITA, o PPACM, a realização de concurso público para a SEJUDH, as ações para educação em direitos humanos, entre outras ações salutares em nosso entendimento.

Sabemos que ainda não se tratam de ações que trazem mudanças estruturais na realidade de violações, pois a conjuntura é muito difícil com um quadro de exclusão social extraordinário resultante da desigualdade social e econômica que à décadas predominam em nosso Estado e País. A concentração de renda e terra, o modelo de exploração extrativista agro-mineral predatório que devasta nossas terras e florestas, os índices de violência urbana e rural, com destaque para a violência e criminalização contra movimentos sociais, que exigem ações do Poder Público que demonstrem o compromisso de nossa sociedade com os direitos humanos e com o estado democrático de direito.

Nesse quadro complexo, resolvemos nos posicionar pela continuidade de políticas que entendemos estarem no rumo correto por parte do poder público, num momento em que se discute a reformulação da gestão do Poder Executivo Estadual. Sempre defendemos que o principal critério deve ser o do povo. A garantia de direitos e de políticas públicas que atendam o seu interesse.

Acabamos de ter publicado o III Plano Nacional de Direitos Humanos e, queremos a sua implementação também no Estado do Pará, pois se trata do resultado de anos de debates, acúmulos, e porque não dizer, de esperança de milhares de pessoas, de organizações e de instituições comprometidas com a justiça social. O Poder Executivo Estadual, através da atual gestão na SEJUDH, as diversas Secretarias, o Poder Judiciário, o Legislativo, as diversas instituições, as entidades da sociedade civil, principalmente as presentes no Conselho Estadual de Direitos Humanos tem esse desafio no horizonte próximo e no distante, pois as violações diuturnas de direitos, muitas praticadas pelo próprio Estado, exigem este nosso compromisso.


Sociedade Paraense de Defesa dos Direitos Humanos - SDDH.

Movimento de Mulheres do Campo e da Cidade - MMCC.

Movimento de Mulheres Trabalhadoras de Altamira Campo e da Cidade.

Movimento Nacional de Direitos Humanos- MNDH- Regional Amazônia.

Associação dos Defensores Públicos do Estado do Pará – ADPEP.

Movimento LGBT do Pará.

AGALT – AMAZON.

terça-feira, 26 de maio de 2009

Agora é DCE na UFPA!!


Depois de uma grande vitória no CADEL a UJS inicia a campanha para a eleição do DCE da UFPA,onde os principais fatores são a grande aliança feita pela UJS com as outras forças opositoras a atual gestão (PSOL/PSTU) que são: PT (todas as tendências), PMDB, PDT, PPS e PV. O que aumenta as chances de uma grande vitória. Isso foi potencializado pelo segundo fator que foi a ABSTENÇÃO do PSTU na participação deste pleito, o que consequentemente irá diminuir ainda mais a força da atual gestão que já está desgastada por uma sequência de erros cometidos nos ultimos anos de gestão.
As chapas foram inscritas no dia 11/05 com a seguinte composição:

CHAPA 1 – Amanhã vai ser outro dia (UJS,PT,PMDB,PDT,PPS e PV) - oposição
CHAPA 2 – Não temos tempo a perder (PSOL) – situação

Agora é ir pra luta!! conscientizar os estudantes da necessidade de um DCE forte, organizado e acima de tudo DEMOCRÁTICO!!!

É por isso que, por mais que hoje nós "não temos tempo a perder" é inegável admitir que PRECISAMOS MUDAR!! Juntos teremos a certeza que "AMANHÃ VAI SER OUTRO DIA" na UFPA!!
Nos dias 8 e 9 de junho vote CHAPA 1 na UFPA!!

sábado, 11 de abril de 2009

UJS COMANDA VITÓRIA NO C.A. DE DIREITO DA UFPA!!!


Foi com muita dedicação e determinação que a União da Juventude Socialista encabeçou uma grande vitória nesta quarta-feira (07.05), na Universidade Federal do Pará, uma das maiores Federais do Brasil, conquistando o tradicional Centro Acadêmico de Direito Edson Luis – CADEL, o maior da UFPA, com mais de 1.500 estudantes na base em uma chapa composta com PMDB, PDT, PPS e independentes, uma clara demonstração de diálogo amplo e inserção entre os estudantes, características da política acertada desenvolvida pela UJS no movimento estudantil.

A eleição, que durou dois dias, mobilizou toda a militância da UJS e garantiu 110 votos de diferença da chapa 1 “PRA FAZER DIREITO”, para a chapa 2 “DIREITO EM MOVIMENTO”, da então gestão, dirigida hegemonicamente pelo PT/DS há seis anos, além de rebaixar pra “3ª Divisão” a chapa encabeçada por PSOL/PSTU.

Para o novo Coordenador Geral do CADEL, Fausto Neto, militante da UJS e do PCdoB, “essa vitória é fundamental para garantir uma opinião de esquerda consequente no movimento estudantil, e especialmente no curso de Direito da UFPA e na FENED, desacreditada há um bom tempo.” Vale lembrar que o Encontro Nacional dos Estudantes de Direitos, esse ano, será no Pará.

Essa vitória reforça a atuação da UJS entre os estudantes de Direito, inclusive em âmbito nacional, e aponta perspectivas positivas para a atuação dos jovens socialista na Federal do Pará e no ME Universitário como um todo, para 2009.


Maíra Nogueira
Dir. Movimento Estudantil
UJS/PA

quarta-feira, 8 de abril de 2009

UJS disputa eleição no CADEL/UFPA


Galera hj é o ultimo dia da eleição do Centro Acadêmico de Direito da UFPA. A UJS está compondo a chapa "Pra fazer DIREITO" gostariamos de contar com todo o apoio da nossa Galera pra garantir mais uma vitória para os Estudantes! a eleição vai até hj 08/04 as 21:00 participe!!
Saudações Socialista a todos!!

terça-feira, 7 de abril de 2009

É agora: começa nesta quarta a eleição de delegados para o Congresso da UNE


Tem início nesta quarta feira (01/04) a eleição de delegados para o 51º Congresso da União Nacional dos Estudantes. O processo eleitoral acontece em voto em urna, por universidades, e cada chapa participante do pleito terá direito de enviar ao Congresso o número de delegados proporcional aos votos obtidos.

Os integrantes do movimento Da Unidade Vai Nascer a Novidade já estão posicionados, em todos os estados do país, e devem começar imediatamente os processos com o objetivo de atingir um grande contingente de estudantes e realizar a maior campanha já vista para um Congresso da UNE.

Para tanto, é imprescindível que a militância da UJS esteja consciente do tamanho do desafio que está colocado. "Realizar a maior campanha já vista para um Congresso da UNE não é uma questão de marca que estabelecemos. É uma necessidade política que precisamos atingir para vencer o Congresso e impulsionar o movimento estudantil nas grandes batalhas que teremos até as eleições de 2010, que talvez seja o maior desafio dessa geração de militantes", observa Márcio Cabral, diretor de movimento estudantil universitário da UJS e coordenador do movimento Da Unidade Vai Nascer a Novidade.

Todo gás para embalar a campanha


Dar conta desse recado vai exigir muita concentração, disposição e capacidade de diálogo por parte dos membros da UJS, avalia Ossi Ferreira, responsável pela mobilização nacional da UJS. "Toda a UJS deve estar pulsando em sintonia com essa campanha. Desde já é preciso definir as tarefas de todos os militantes, com ênfase especial para a eleição dos delegados. Estamos na fase de fazer engrenar a mobilização, passando nossa tropa em revista, dividindo responsabilidades e invadindo as universidades de acordo com os planejamentos elaborados em cada local e discutidos com a direção nacional", diz.

"Igualmente é necessário estar inteirado dos debates que nosso movimento, Da Unidade Vai Nascer a Novidade, propõe para o Congresso. Reuniões, encontros e debates já foram realizados. Panfletos, adesivos, cartazes e cupons já foram confeccionados e enviados para os estados. Portanto, nossa campanha já tem todas as condições de ir para as salas de aula", completa Ossi.

Atenção às regras da eleição

Para não vacilar, todos os passos do procedimento eleitoral da UNE (as regras completas podem ser encontradas no www.une.org.br) devem estar na memória e na ponta da língua dos militantes.

"Nesse método de eleição, os menores detalhes podem atrapalhar, o que requer muita organização de nossa parte. Uma das características da nossa força política em seus 25 anos de ligação com o movimento estudantil é o zelo pela democracia. Por isso, somos os mais determinados em observar todas as regras eleitorais definidas pela UNE", alerta Márcio Cabral.

Política de finanças para a campanha

Outro ponto decisivo para o sucesso da campanha é o planejamento financeiro e a busca coletiva para alavancar os recursos necessários para a mobilização e transporte. Segundo Anderson de Oliveira, diretor de finanças da UJS, "de maneira a possibilitar que os locais compartilhem a responsabilidade pela obtenção dos recursos, fizemos e distribuímos cupons para que a militância faça pedágios e atividades de arrecadação".

"Ao lado da movimentação para viabilizar as movimentações do cotidiano da campanha, é dever das direções anteciparem os contatos para conseguir o transporte das delegações, tanto para os congressos de entidades estaduais quanto para o Congresso da UNE", conclui.

De São Paulo,
Fernando Borgonovi

UNE e UBES apoiam fim do vestibular e cobram assistência estudantil


A luta pelo fim do vestibular, travada pelas entidades estudantis e outras vinculadas à educação, ganhou novo impulso. UNE e UBES se opõem ao vestibular por considerá-lo elitista, uma barreira sócio econômica e injusto, posto que numa única oportunidade coloca em xeque o futuro do estudante.

Os estudantes cobram uma avaliação única que avance na instituição de um sistema nacional. O MEC planeja que o ENEM seja a prova nacional, que valerá para todas as universidades federais que aderirem, e os estudantes poderão ingressar na universidade compatível com a classificação obtida.

Embora favorável ao fim do vestibular, Lúcia Syumpf, presidente da UNE, critica a forma como o ministério vem encaminhando as discussões. "O ministro não consultou as entidades e está construindo uma proposta ouvindo apenas os reitores", diz. "Concordamos com a prova única, pois isso ajuda na constituição de um sistema nacional de educação. Na nossa visão, o palco para a construção desse debate é a Conferência Nacional de Educação", completa.

"Acabar com o vestibular é uma luta dos estudantes, pois, além de ser socialmente excludente, colocar o futuro do estudante em uma única avaliação é injusto", considera Ismael Cardoso, presidente da UBES. A liderança secundarista salienta que, aos moldes como é realizado hoje, o vestibular condiciona todo o ensino médio, que acaba voltado a fazer o aluno passar no teste. "Terminar com o vestibular não é apenas acabar com a prova, mas mexer com a estrutura do ensino médio", avalia.

Mais dinheiro para assistência estudantil

Em reunião com o ministro Fernando Haddad, a UNE e a UBES cobraram a ampliação dos recursos destinados à assistência estudantil como pressuposto para a eficácia da medida. "Cobramos mais verbas para assistência estudantil, num contexto mais amplo, para jovens de baixa renda das universidades públicas e privadas, em reunião com o ministro. Com uma prova única, a necessidade aumenta ainda mais porque muitos estudantes deverão estudar fora de seus estados de origem, exigindo ampliação de moradias, restaurantes universitários, passe estudantis", segundo Lúcia.

"É uma medida que precisa, para dar certo, de investimentos em assitência, pois um aluno poderá entrar numa universidade de outro estado e isso exigirá recursos para mantê-lo", reforça Ismael.

De São Paulo,

Fernando Borgonovi

MANIFESTO DA UJS


Socialismo com a nossa cara
Manifesto da UJS

1. Nos bancos das escolas e universidades, no cotidiano do trabalho das fábricas e repartições, nas periferias, no duro ofício de lavrar a terra, nas praças, ruas, palcos, quartéis, campos, praias e festas dizemos: Presente!

2. Somos milhões de faces que dão a cara jovem ao Brasil. Somos socialistas porque, somos jovens e andamos abraçados com o futuro e a busca da felicidade - desejos que são diariamente frustrados nessa sociedade capitalista que não tem perspectiva e só nos oferece a desilusão e a exploração.

"Há tempos são os jovens que adoecem" [Legião Urbana]

3. Aqui no Brasil somos discriminados e postos de escanteio. Amargamos o não aproveitamento do melhor de nossa criatividade e energia na imensa fila dos desempregados. A placa de "NÃO HÁ VAGAS" é a senha de nossa exclusão e marginalização. Somos milhões que não têm acesso às universidades ou a nenhuma forma de ensino profissionalizante. O analfabetismo ainda atinge muitos de nós. Nas escolas e universidades encontramos um ensino elitista, atrasado e conservador, sem investimentos e democracia.

4. Toda a nossa história e a nossa cultura expressadas em incalculáveis prosas e versos, em livros e nas artes, que constituem um fantástico patrimônio cultural, inclusive já encenadas no cinema, teatro e televisão, não são acessíveis a todos. No Brasil, permanece o monopólio dos meios de comunicação, que não permitem a expressão da cultura popular e a propagação de idéias e da pluralidade.

5. Para nós, oferecem o individualismo, a discriminação e a exclusão social. As drogas, além de serem tratadas como crime, são lembradas somente nos telejornais, persistindo a absurda ausência de uma mínima política de Estado capaz de tratar o problema como uma questão de saúde pública, o que acaba somente por enriquecer os capitalistas e o tráfico.

6. Nossas cidades não nos oferecem espaços públicos de esporte e lazer, não temos acesso à mobilidade urbana e ainda enfrentamos graves problemas de moradia. Nas periferias falta segurança pública e a realização de outros direitos fundamentais para o nosso desenvolvimento pleno. A insegurança toma conta dos grandes centros. Esse meio não nos interessa, não nos satisfaz, queremos cidades capazes de incluir a todos sem discriminação de crença, cor, gênero e classe social.

7. Queremos acesso à saúde pública de qualidade e universal. Somente assim combateremos as epidemias e as doenças que atingem a parcela mais necessitada de nosso povo. Não queremos enriquecer a indústria farmacêutica nem o oligopólio dos planos de saúde privada. É preciso investir em saúde preventiva e em qualidade de vida.

8. Nossa sexualidade precisa ser respeitada, livre de dogmas e de visões conservadoras. Não nos oferecem educação sexual nas escolas e não temos acesso a métodos contraconceptivos. São milhares de jovens que enfrentam uma gravidez sem nenhuma proteção e acompanhamento. Por ser tratado como crime e não como problema de saúde pública, o aborto em clínicas de fundo de quintal acaba sendo a única alternativa para interromper uma gravidez precoce e indesejada. Muitos jovens são vitimados pela Aids, por falta de informações e meios de prevenção. No Brasil, a sexualidade é banalizada e reproduz o machismo e a homofobia.

9. Nosso meio ambiente é vítima da insanidade capitalista que o degrada, polui e destrói. O Brasil do futuro depende do equilíbrio entre o desenvolvimento e a preservação das nossas riquezas naturais.

"Quem quer manter a ordem?" [Titãs]

10. Os donos do poder afirmam que vivemos uma democracia porque temos eleições. Escondem que as regras dessa ordem só servem para os que têm poder financeiro.

11. Essa democracia nos discrimina não nos ouve e não nos serve. Somos considerados o futuro e, no presente, não temos espaço para opinar, participar e decidir. Mesmo esta falsa democracia cada vez mais é atacada e limitada.

12. A violência nos persegue o tempo todo. Muitos dos nossos nos ferem ou se matam em disputa entre gangues, ou são espancados pelos próprios pais.

13. Outros recebem uma bala perdida ou são vítimas de assalto ou perseguição. No capitalismo não temos paz.

14. Nossa liberdade é extremamente vigiada e reprimida. As elites e os meios de comunicação discriminam o negro, tratando-o como escravo "moderno" e deformando sua história. Às mulheres não dão igualdade de direito e não entendem sua realidade e suas diferenças. A homossexualidade é tratada como doença e não como livre orientação sexual. Preconceito e discriminação são as marcas do nosso tempo.

"Que país é este?" [Legião Urbana]

15. Com um povo criativo, num vasto território e riqueza de fazer inveja, nosso gigante viveu por séculos ajoelhado. O Brasil ainda precisa avançar na sua independência em relação aos países imperialistas, em especial os Estados Unidos.

16. O que move a chamada globalização é a busca do lucro, o desejo de acabar com a soberania dos países, explorar seus trabalhadores, destruir suas culturas e anexar suas riquezas. Conduzido neste rumo em décadas de submissão, nosso Brasil viu sua bandeira pisoteada, sua independência destruída e seu futuro comprometido.

"Quero ver quem paga pra gente ficar assim" [Cazuza]

17. Nossa história está marcada pelo atraso e pela subordinação extrema. Portugal, Inglaterra e Estados Unidos, foram eles, ao longo do tempo, que promoveram a escravidão, a monocultura, o atraso industrial, o desenvolvimento dependente e, mais recentemente, a tentativa de desindustrialização e da transformação do nosso em mercado de bugiganga.

18. Mas não foram eles os únicos responsáveis por esta triste história e pelo rumo atual. Os latifundiários, praga secular do nosso país, sempre sustentaram este rumo através da violência e do coronelismo político.

19. A chamada burguesia brasileira, incompetente e adepta do projeto imperialista, em sua maioria, sempre se subordinou aos interesses de seus patrões e de seus subordinados externos. O capital financeiro aqui já surgiu ligado aos grupos monopolistas estrangeiros.

"Homem primata, capitalismo selvagem" [Titãs]

20. Se o capitalismo em nosso país é trágico para o povo, no mundo não é diferente. Em sua fúria exploratória tenta fazer do mundo inteiro um vasto campo para sua ganância. Proprietários da tecnologia fazem suas mercadorias e capitais percorrerem o mundo com velocidade. Trilhões de dólares circulam nos sistemas financeiros como nuvens por todo o globo, vivendo somente da especulação e do roubo.

21. Globalizado o capitalismo, globalizada a exclusão capitalista, que arrasta milhões para a miséria, as doenças, a fome e a morte. Globalizado o capitalismo, globalizado o caráter desumano, cruel e ineficiente. Globalizada a necessidade de superá-lo, de pôr fim nesta barbárie "moderna".

"... carro alegre, cheio de gente contente..." [Pablo Milanés]

22. Assim é a história: a juventude e os povos do mundo não se calam diante do caos capitalista. Em todos os continentes se levantam vozes e punhos contra o capitalismo e seus males. Exigem direitos sociais, defendem seu país, sua liberdade e assim, de dedo em riste, encaram o capitalismo, negador dos seus anseios.

"Mas eu não sou as coisas e me revolto" [Carlos Drummond de Andrade]

23. A história do capitalismo é também a história de resistência à exploração e de defesa de outra sociedade. Esta luta gerou em 1848, pelas mãos dos jovens alemães, Karl Marx e Friedrich Engels, o Manifesto do Partido Comunista, programa básico de luta contra o capitalismo e em defesa do Socialismo. Programa que até hoje nos inspira. Em 1917, sob o comando de Lênin e outros revolucionários, o Socialismo provou, na velha Rússia, que o capitalismo não é eterno. Em poucas décadas o Socialismo alterou a face do mundo, levando à construção da União Soviética e à vitória de vários povos do Leste Europeu e da Ásia. Nestas suas primeiras experiências históricas provou que é superior ao capitalismo ao oferecer direitos sociais e uma nova perspectiva de vida para a humanidade, mesmo vivendo sob o constante cerco capitalista. Jamais um país enfrentou tantas agressões. E, ainda assim, foi a URSS que derrotou a agressão nazista, perdendo 22 milhões de patriotas, abrindo uma época de mais direitos sociais, democracia e o fim do colonialismo.

24. No entanto, o povo, força principal da revolução, foi perdendo protagonismo. A democracia e a liberdade foram se reduzindo para os trabalhadores e a juventude. A vida cultural e científica passou a ser tratada com oficialismo, fatores que desarmaram as forças revolucionárias, levando ao fim deste primeiro ciclo socialista na URSS e no Leste Europeu. Mas o tempo não pára. A resistência e a evolução do Socialismo na China, em Cuba, no Vietnã e outros países, junto com a luta dos povos em todo o mundo, abrem caminhos da nova luta pelo Socialismo, em especial na Ásia e na América Latina.

25. Esses reveses, nas primeiras experiências socialistas, revelam erros e mostram a necessidade de aprimorarmos mais seu projeto. A construção do Socialismo está apenas no começo. Hoje perseguimos a edificação de um novo tempo, humanizado, igualitário, que constituirá as bases do Socialismo em nosso século. No Socialismo com a nossa cara, o Brasil experimentará a sua própria experiência, construída a partir da nossa própria história.

"Canta, canta, minha gente / deixa a tristeza pra lá / canta forte, canta alto / que a vida vai melhorar..." [Martinho da Vila]

26. Temos alegria e rebeldia para derrotarmos a face velha e capitalista do Brasil e em seu lugar colocarmos o Socialismo com a nossa cara. O Brasil socialista que queremos terá um poder popular, uma República de trabalhadores que acabará com a exploração e nele haverá a verdadeira liberdade e a mais ampla democracia para o povo e para a juventude.

27. O ser humano, como seu primeiro objetivo, será libertário e criativo, incentivando o conhecimento e a transformação, será justo e igualitário. A terra e as empresas trarão benefícios para todos e não somente para um punhado de capitalistas. O trabalho passará a ser um valor fundamental do desenvolvimento humano. Nosso país socialista se relacionará com o mundo de forma independente, respeitando a autonomia dos outros povos. Romperemos as amarras que nos mantiveram tanto tempo de costas para o nosso continente e finalmente assumiremos nossa identidade latino-americana.

28. Nosso povo, internacionalista, apoiará as lutas de outros povos por um mundo melhor. No Brasil socialista, nós jovens seremos considerados uma força presente e nele conquistaremos o espaço para discutir, participar e decidir sobre nossos interesses e sobre o rumo do país.

"Os meninos e o povo no poder..." [Milton Nascimento e Fernando Brant]

29. Não queremos fórmulas. O nosso Socialismo será verde e amarelo, tocará viola, fará hip-hop, dançará samba e rock. Fará carnaval e jogará futebol. Será construído a partir de nossa realidade e caminhos que nós descortinaremos.

30. Beberá da experiência da história da luta do nosso povo. Terá o vigor dos versos abolicionistas de Castro Alves, a revolta de Zumbi, o desejo de liberdade de Tiradentes, a bravura de Helenira Rezende, de Osvaldão e dos guerrilheiros do Araguaia, o hino democrático das Diretas Já, a cara jovem e pintada do Fora Collor, e a alegria dos que comemoraram a chegada de forças políticas oriundas dos partidos populares e dos movimentos sociais ao governo do país. Guardará a lembrança daqueles que ontem resistiram e hoje resistem ao neoliberalismo e que carregam consigo a bandeira da esperança e a certeza de que o futuro nos pertence.

31. Beberá também da história da nossa América Latina, da vontade de unidade que moveu Bolivar, da revolução camponesa de Zapata, da luta de Sandino, do exemplo de dedicação e combatividade de Ernesto Che Guevara.

32. Nele, conquistaremos emprego digno, ensino público e gratuito, de qualidade, para todos, em todos os níveis. Nele garantiremos acesso à arte produzida em nosso país e no mundo. Lutaremos por uma nova cultura, progressista, popular e brasileira, por incentivos e espaços aos nossos artistas. A ciência e a tecnologia deverão ser desenvolvidas e utilizadas para nossos interesses, não para generalizar desemprego, destruir a natureza ou produzir armas e guerra.

33. Queremos que esporte e lazer façam parte do nosso cotidiano e que tenhamos facilidade para viajar para todos os lugares de nosso país.

34. Os grupos de extermínio terão que acabar e a polícia, ao invés de nos perseguir, vai ter que prender aqueles que destroem a natureza, que roubam o dinheiro do povo, que vendem a droga e promovem a prostituição.

35. Brasileiro, formado pelas várias etnias que se somaram e criaram um povo novo, nosso Socialismo terá de acabar de fato com a discriminação e os preconceitos de toda a espécie. Nele exigiremos direito à saúde, à habitação e ao futuro. A natureza será protegida como será protegido o nosso povo. Nossa infância terá atenção e em vez de viver jogada pelas ruas, terá o direito de brincar e de crescer sorrindo. Ajudaremos a acabar com o analfabetismo e com a ignorância. O povo aprenderá a linguagem dos computadores e da Internet, mas não deixará de lado o seu hábito de diálogo franco e seu contato social permanente. Queremos que TVs, Rádios, Cinemas e todos os meios de comunicação deixem de ser instrumentos de quadrilhas e sirvam aos nossos interesses.

36. Parece utopia, mas é plenamente realizável. Nós transformaremos a face do Brasil. Nunca negamos nossa rebeldia e força para as grandes transformações. A revolução que queremos exige muita luta. Não será obra fácil. De sua edificação terão que participar os trabalhadores do campo e da cidade, a juventude, os artistas e as personalidades populares. A união popular será a arma principal para vencermos. Dela deverão participar os sindicatos, as entidades estudantis e todas as organizações do povo. Os partidos do povo, unidos, deverão também fazer parte de uma ampla frente por uma vida nova.

"O homem coletivo sente a necessidade de lutar" - [Chico Science]

37. É para construir essa vida nova que te convidamos. A solidão não cabe para nós, pois vivemos a luta deste tempo - cruel sim, mas também desafiador. Juntos escreveremos a história desse novo Brasil que desejamos.

38. Aqui, na União da Juventude Socialista, vão se encontrar as bandeiras vermelhas, verde-amarelas e os nossos anseios, nossa rebeldia, nossa solidariedade e a luta diária pelo Socialismo. Não nascemos para o silêncio, nascemos para cantar e viver outra vida, melhor e mais justa. Assim será a república de trabalhadores que ajudaremos a construir. Nela estarão "os meninos e o povo no poder...". Nela estará hasteada bem alta a bandeira do Socialismo e, nas faces, estampada a nossa alegria.